A história a seguir não é de minha autoria:
Troquei socos com meu sogro na ceia de natal... vou tentar ser breve no relato, mas tem coisas que eu tenho que explicar senão o resto não faz muito sentido: namoro com ela a 1 ano e 4 meses, nesse tempo fui na casa dela uma 10 vezes no máximo, passando sempre menos de meia hora - o motivo - o pai cuzão. Mas quando eu falo cuzão, é cuzão mesmo, o cara sempre me esnobou, das vezes que nos cruzamos, o maluco fez questão de me fazer eu me sentir um *****, me humilhar e tripudiar. Além do fato de eu comer a filha dele, o outro motivo pelo qual ele me odeia é aquela clássica diferença de classe, quem assistiu algumas das 30 temporadas de malhação manja como é.
Não sou pobrão master, mas meu trabalho não é lá essas coisas, e eles são de família rica, gerações e gerações de engenheiros e tal, rios de grana. Como a filha dele foi se apaixonar por mim? Outros 500. O maluco achar que eu to ali por causa do dinheiro já é um motivo escroto, tendo em vista que a filha é linda, até se fosse favelada eu olharia do mesmo jeito, mas PORRA, FAZ MAIS DE UM ANO, custa o maluco levantar bandeira branca e ficar em paz?
Explicada a situação, vamos aos fatos: minha família foi viajar para casa de uns parentes, eu trabalho, não pude ir. Quando você namora, e sua namorada não curte seus amigos, inevitavelmente você se afasta dos caras, é o famoso "ou eles ou eu". Sem família, distante dos amigos, não tinha outra alternativa a não ser ficar com ela, eu odiei a ideia, lógico, mas ela insistiu, disse que não tinha problema e que tudo ia acabar bem. A mãe dela não é necessariamente uma vadia rica, sempre me tratou com educação - a mesma educação que ela tem com os empregados, mas ok. Tem uma irmã também, mas é adolescente rica autista, não esboça emoção, não é gata e não faz diferença, só citei porque ela também estava na mesa.
A TRETA: vamos pular pra ceia, já podem imaginar que o sogrão "gente boa" além de não olhar na minha cara, fez questão de mandar indiretas, a fim de humilhar este ****** que vos fala. Começou aquela palhaçada depois da meia-noite com o que eu vou chamar de rage-time.
Primeiro rage-time: a empregada servindo todo mundo, chegou na minha vez ele INTERROMPEU a mulher, falou pra ela deixar os negócios em cima da mesa lá que eu sabia me servir sozinho, que eu tava acostumado com self-service, imagina aí já minha cara de lixo. Minha namorada, que não enfrenta o pai, fez um olhar de tristeza e me serviu, eu pensei em outras coisas, tentei relevar.
Segundo rage-time: meu telefone tocou, minha mãe querendo dar feliz natal, fui atender na inocência, ele deu UM SOCO na mesa e disse: "VOCÊ NÃO SABIA QUE ISSO É FALTA DE EDUCAÇÃO NÃO? MALANDRO". Essa minha mãe ouviu, levantei da mesa e fui falar com ela, voltei e ele tinha tirado meu prato da mesa (rs). A essa altura, vocês já imaginam o quão **** eu tava, foda-se a ceia, foda-se tudo, nem fome eu tinha mais. Minha namorada empurrou discretamente o prato dela pra mim, disfarçando perguntou quem era, falei baixinho que era minha mãe.
Rage-time final: o filho da **** TINHA que fazer piadinha com a minha mãe né caras, quando ele ouviu fez o comentário, dessa vez direto pra mim: "E a patroa da sua mãe deixa ela ligar pra celular? É muita folga, aqui empregada folgada assim comigo se ****". Não dava mais, eu ia me sentir um ***** pro resto da vida se eu não quebrasse os dentes daquele maluco ali mesmo, tá bom que ia acabar o namoro, ta bom que eu também podia apanhar, que ia acabar com o natal da família, mas ofender assim alguém que nem ta ali pra se defender, alguém que eu sei que dá um duro do ******* pra viver ser motivo de gracinha pra quele lixo de pessoa. Toquei o ****-se, não lembro exatamente as palavras porque tava muito nervoso mesmo, mas foi mais ou menos isso: "ESCUTA AQUI Ô SEU MONTE DE *****, VOCÊ QUERER TIRAR COM A MINHA CARA JÁ DURANTE UM ANO É UM BOM MOTIVO PRA EU TE QUEBRAR, AGORA OFENDER A MINHA MÃE SEM MAIS NEM MENOS..." nessa ele me interrompeu e simplesmente gritou: "FALA BAIXO SEU FAVELADO" - e jogou o copo em mim que pegou no meu braço.
Imagina o caos que tava essa mesa, minha namorada tentando me segurar, a esposa puxando ele, a outra louca autista chorando, eu naquele ódio já tava disposto a matar ele ali mesmo. Ele veio, dando a volta na mesa igual um touro pra me pegar, eu firme encarando ele, enquanto ele vinha eu via a janela da sala de jantar grande de fundo, avistei o que parecia ser uma aeronave não tripulada pequena passando rápido, logo atrás uma espécie de exoesqueleto metálico armado com uma metralhadora, de repente, um estrondo ensurdecedor seguido de um clarão. Era o início da era das máquinas.
The End.