Após vários meses de hiato - que por sinal é o grande charme deste blog - estou de volta da melhor forma possível, recitando o meu poeta preferido de todas as eras, o lendário Gregório de Matos, conhecido como "Boca do inferno", o que pra mim é a melhor alcunha de todos os tempos. Gregório tinha esse apelido devido a sua forte personalidade, atacando da forma mais criativa a quem não era bem visto por ele, tanto que o post de hoje é inspirado em um poema que ele dedicou a uma freira que ousou satirizar sua fisionomia lhe chamando de "pica-flor", e foi então que o gênio lhe respondeu com o seguinte poema intitulado "Pica-Flor":
Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
Mas resta agora saber,
Se no nome que me dais,
Meteia a flor que guardais
No passarinho melhor!
Se me dais este favor,
Sendo só de mim o Pica,
E o mais vosso, claro fica,
Que fico então Pica-Flor.
Gregório de Matos
O que deixa tudo isso mais interessante foi a época que tal poema foi escrito, no século 17 na ainda escola literária Barroca. Como minha antiga professora de literatura já dizia: "o mundo precisa de mais Gregórios de Matos".
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